BREVE CATECISMO PERGUNTA
7. Que são os decretos de Deus? R. Os
decretos de Deus são o seu eterno propósito, segundo o conselho da sua vontade,
pelo qual, para sua própria glória, Ele predestinou tudo o que acontece.
I.
O Decreto de Deus é eterno – Ef 1.4-6; 11 -
“4 assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 para louvor da glória de sua graça,
que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, (...) 11 nele, digo, no
qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que
faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,...”
A.
Eterno, significa que ele: (1) foi feito antes do tempo, (2) não está sujeito
ao tempo; (3) é imutável; (4) é, consequentemente, confiável.
B.
O texto prova mostra um exemplo da eternidade do decreto divino.
(1)
Escolhidos em Cristo antes da fundação do
mundo – v.4;
(2)
predestinados para adoção de filhos, segundo o beneplácito de sua vontade,
v.5.
(3)
feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz “todas as
coisas” conforme o “conselho de sua vontade”. V.11.
II.
O propósito do Decreto é a Glória de Deus - Rm 11.36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são
todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
A. Deus é soberano sobre aquilo que criou:
(1) Tudo pertence a Deus – tudo lhe é de direito.
(2) Tudo acontece por meio de Deus – Ele é o sustentador e
mantenedor de todas as coisas, nada existe a parte ou independente dEle.
(3) Tudo converge para Ele, a História não é sem sentido, nem um
trem descarrilado; Deus consumará o
seu propósito.
III.
O Propósito de Deus é todo abrangente:
A.
Envolve o “concursos” divino - At
2.23 – “... sendo
este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes,
crucificando-o por mãos de iníquos...”
(1) Deus utiliza as ações livres
dos homens para realizar os seus propósitos;
(2) Deus usa o mal das criaturas para consumar o seu santo
propósito.
(3) Elementos que envolvem o propósito de Deus:
a. determinado desígnio – o propósito
eterno de Deus;
b. presciência – o saber antecipado, que faz parte da onisciência divina, porém, não
deve ser confundido com mera aceitação do que acontecerá. Ela envolve a
sabedoria de Deus em “determinar” de
antemão o melhor meio de cumprir os seus santos desígnios.
B.
Envolve a criação - 17.26 – “...de
um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo
fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação...”
(1)
A criação do gênero humano e a sua missão no Mundo;
(2)
A história das nações também é dirigida por Deus.
C.
O mal ocasional sobre os eleitos - Jo 21.19 “Disse
isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus.
Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.”
(1) O mal circunstancial não foge ao propósito divino;
(2) A própria morte dos servos de Deus tem um propósito.
D.
O uso dos ímpios - Is 44.28 “...que
digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também
de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado.”
(1) O destino das nações encontra-se nas mãos de Deus;
(2) De’us controla até mesmos os governantes ímpios;
(3) Deus usa os ímpios para abençoar o seu povo e cumprir o seu
propósito.
E. A salvação dos eleitos -
At 13.48 – “Os
gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e
creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”
(1)
A salvação faz parte do decreto de Deus
(2)
Deus é quem nos escolhe, ele nos amou primeiro.
IV.
O Decreto divino é sábio
A.
1Co 2.7A. “... mas
falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou
desde a eternidade para a nossa glória;...”
(1) O decreto de Deus revela a sua sabedoria
(2) ela é incompreensível ao homem comum (sem Deus)
B. Cristo é o supremo
propósito da Ef 3.10-11. “10 para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne
conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, 11
segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus , nosso
Senhor,...”
(1) A redenção
manifesta a completa sabedoria de Deus
(2) Cristo é o
agente do decreto de Deus.
Conclusão
O fato de sabermos que Deus
é sábio e todo-poderoso deve nos levar a doxologia (louvor). Se Deus Ele a tudo
domina e tudo contribui para a sua glória, então, o seu propósito não pode
falhar, e nós não seremos frustrados,
pois estamos dentro do propósito daquele que não pode fracassar. Por isso,
Paulo canta: Rm 8.31-39.